Santa Cristina Casa de Campo tem muito mais para oferecer para além do que está no interior das fantásticas paredes de pedra. Não é só uma casa, é uma quinta, é uma pequena povoação, é uma pequena floresta. É tudo o que quiser.
Quando desce o acesso empedrado da estrada principal, sinta-se recuar no tempo: está a entrar numa aldeia perdida na encosta, riscada por estreitos caminhos de pedra que torneiam casas e campos de lavoura.
Dentro dos curvos muros de pedra da Casa, encontra um amplo pátio para deixar o seu automóvel e aí poder esquecer-se dele em segurança durante toda a sua estadia. Todos os cantinhos são populados de aromáticas ou ornamentais para surpresa dos sentidos. Deste pátio tem acesso à recepção, à cozinha, à sala, à adega e a dois dos quartos, assim como ao alpendre ou a todos os outros pontos da quinta.
Resguardado pelo murinho superior e logo atrás da pequena casa tosca que alberga a recepção e escondido pelas oliveiras, está um comprido relvado, ladeado por alfazema, ideal para belas tardes de sol, brincadeiras com as suas crianças ou prazenteiro namoro com o seu par.
No final desse jardim, descendo as escadas improvisadas de pedra, alcança o acesso que liga o portãozinho do caminho pedestre à porta da cozinha. Também aqui se respira o perfume de aromáticas e se pode deliciar com floridas azáleas. Logo ali ao lado, está outro relvadinho, guardado por uma oliveira que revive – ideal para um pequeno-almoço ou para espaço das aventuras que brotam de um livro.
Nunca se deixe intimidar pelos portões escuros ou pelos muros ásperos – há tanto a descobrir e viver para além deles! Abra portas, aventure-se. O melhor é que pode fazê-lo a pé.
Se o sol convidar, abra a porta da cozinha e percorra o pequeno trajecto até ao portão, transponha-o e siga o caminho envolvente à quinta. Veja as vinhas, os campos trabalhados à mão, os tanques de água construídos em granito, onde a água corre em melodias acompanhadas pelo coaxar das rãs. Talvez possa contactar com quem trabalha o campo e ver técnicas de cultivo, talvez possa experimentar trabalhar a terra com as suas mãos – cada dia pode ser uma surpresa.
Transponha o portão junto dos quartos exteriores e descubra o alpendre sobranceiro ao campo grande, onde em breve nascerá uma piscina. A vista convida a parar e repousar. O espaço convida a um churrasco regado de amena conversa e há mais espaço ainda para crianças correrem e adultos espraiarem horizontes.
Calcorreie o caminho mais além da entrada para automóveis, sob a sombra de sobreiros e comece a descobrir a pequena mata que enfeita parte da encosta. Mais à frente, uma surpresa: um bonito e enorme palheiro de pedra sobranceiro a uma larga eira, outrora palco de azáfamas de cultivo que o musgo agora chora de saudade. Mas a mancha verde continua e o trilho é grande suficiente para aventuras de criança ou serenidade de adulto, entre rochas solitárias, sobreiros retorcidos, medronhos maduros pintados no verde e pinheiros que nascem escondidos.
Não há barreiras, e a quinta de Santa Cristina estende-se além do abraço de estrada que a parece delimitar. Suba acima, à estrada, pelo caminho de acesso que desceu de automóvel e siga à direita. Entre as opções alcatroadas que continuam para baixo ou se alongam à esquerda, encontre o caminho de terra anichado na vegetação. Vá por aí. Ouça os pássaros que se escondem e veja mais casinhas pitorescas de pedra contíguas aos caminhos de outrora. Logo ali, à direita, encontra por descobrir o resto da quinta de Santa Cristina que a “nova estrada” divorciou, agora mais habitada por laranjeiras, cerejeiras, loureiros ou limoeiros do que por hortas sazonais. A quinta termina num pequeno curso de água, de caudal murado a pedra.
Já que gosta de descobrir mundos à frente de pegadas suas, aproveite e desça a estrada pavimentada de negro que leva à nacional 108. Daí, está tudo à distância do seu querer: o Mosteiro, o Memorial, a vila de Alpendorada, o rio Douro. Logo ali à frente, inicie um percurso pedestre homologado pela Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo (PR2), se é tão forte a caminhar como a descobrir.