Se pensa fazer de Santa Cristina um refúgio e ponto de partida para conhecer toda a região, saiba que não poderia fazer melhor escolha: a aliar ao conforto e oferta da Casa de Campo, o concelho de Marco de Canaveses (e mais além) perspectiva-lhe surpresas fantásticas, independentemente das suas preferências de lazer.
Imaginando que seja um caminheiro, que desbrava descobertas à força de pernas, e se já descobriu os encantos de toda a quinta de Santa Cristina, aventure-se agora nos fantásticos percursos pedestres homologados, cuidadosamente preparados para deleite do caminhante. Um deles pode começar logo ali, junto do Mosteiro de S. João, tão perto de Santa Cristina que a roça na passagem e permite descobrir, a cada curva, património histórico, natureza ou paisagem, numa fantástica caminhada que termina em Vila Boa do Bispo, junto do Mosteiro de Santa Maria – veja mais no mini guia, em Português, do PR2.
A poucos quilómetros de Alpendorada, em Soalhães, tem início outra Pequena Rota, desta feita plena de capelinhas, moinhos de água e pululante de vida natural. Falamos da Rota de Pedras, Moinhos e Aromas, que promete encher-lhe os sentidos – descubra um pouco mais do PR1, em Português.
Mas, como não há duas sem três, pode optar também pelo PR3 – Caminho do Rio, do Douro à Serra, o qual promete um leque mais vasto de fauna e flora, com início em Sande, perto do rio Douro e término no Parque de Merendas de Montedeiras. Descubra, em Português, um pouco mais sobre o PR3.
Envolvido por dois rios emblemáticos, Douro e Tâmega, e esculpido por ribeiros, riachos ou pequenos rios (como o rio Ovelha), Marco de Canaveses dispõe de uma excelente oferta para quem procura actividades aquáticas, sejam elas desportivas, de lazer ou até em trabalho.
Seja para apreciar a paisagem num belo passeio ou tarde de ócio – usufruindo de áreas de lazer como Pontinha, Vimieiro, Vemejeiro ou o novo Parque de Alpendorada -, para actividades radicais ou desportivas – faça canoagem, jetski ou caiaque no Douro ou Tâmega – ou simplesmente fazer praia – na excelente praia fluvial de Bitetos – ou um passeio de barco – utilizando os Cais do Torrão, Bitetos ou Parque Fluvial do Tâmega – a sua maior dificuldade vai ser a escolha.
Associações locais, como o Ginásio Clube de Alpendorada, Clube Náutico do Marco ou Associação dos Amigos do Rio Ovelha organizam pontualmente actividades que poderão ajudar a preencher a sua agenda turística.
Obviamente que, com tanta paisagem a calcorrear, a fome aperta e é necessário recuperar energias, de preferência com muito prazer associado. O concelho de Marco de Canaveses tem uma excelente oferta para o seu paladar, tão rica nos sabores e substância da sua gastronomia como na suavidade e frescura dos seus vinhos.
Se é apreciador dos néctares de Baco, saiba que este concelho é terra de verdes de eleição, com dezenas de quintas de produção vinhateira integradas na Rota dos Vinhos do Marco de Canaveses. Brancos frutados e cristalinos ou verdes tintos de forte carácter e cor marcante são aqui produzidos e dar-lhe-ão um especial prazer de degustação. Concomitantemente, a exploração vinícola marca a paisagem, em linhas de verde traçadas na paisagem.
Além de muitos pratos que fazem parte da cultura gastronómica do Norte de Portugal, como o Caldo Verde ou a Feijoada (adaptada aos usos e gostos locais), o Marco é terra conceituada na confecção de pratos ricos como a Lampreia ou o famoso Anho Assado com Arroz de Forno, cuja fama e tradição levou à criação da Confraria homónima.
Pode aproveitar um excelente pequeno-almoço na Casa de Campo de Santa Cristina, preparando energias para mil e uma actividades, mas aventure-se por outras refeições em muitos outros restaurantes, tasquinhas ou casas de pasto em que o Marco de Canaveses é fértil – na pior das hipóteses, vai adorar.
Não se fique por aqui. Há muito, muito mais. A herança adquirida por centenas de anos, fazem desta região uma zona rica em usos e costumes entrelaçados na cultura do Interior Norte de Portugal, mas de malha tecida ao jeito marcoense.
A vista não engana, pois o granito respira-se e vive-se no quotidiano, sendo a cantaria a mais enraizada das artes nestas paragens. Desde as casas toscas e pavimentos à mestria da rocha talhada num delicado monumento, a pedra é rainha, tendo sido cantada num Museu: o Museu da Pedra, ali logo em Alpendorada.
Esta arte da pedra perde-se nas raízes do tempo, mas recupera-se parcialmente em muitos dos pontos que compõem a Rota do Românico, da qual este concelho é forte representante. Igrejas imponentes albergando finos trabalhados em talha dourada ou monumentos imunes aos anos são obrigatórios locais de visita desta Rota singela.
Nas categorias de Museu, encontre um que o vai surpreender: o Museu de Carmen Miranda. Sabia que este ícone mundial nasceu no Marco? Pois é, o Marco de Canaveses surpreende-nos quando menos esperamos.
O Folclore e Artesanato cruzam-se inevitavelmente, representados pelas dezenas de Ranchos Folclóricos e Grupos de Cantares que, além de perpetuarem as tradições musicais de um povo do campo, se engalanam com os típicos ofícios de Tanoaria, Cantaria, Cestaria e demais artesãos. Não deixe de visitar a Loja do Artesão, a Associação de Artesãos do Marco para descobrir mais sobre as lides e artesanato locais.
As festas, feiras e romarias são costelas do Povo Português e esta região não é excepção na excelência de oferta de tais eventos. Aproveite para comprar a produtores locais, conhecer espaços únicos ou bailar alegremente acompanhado de uma canequinha de verde. Veja programas de festas ou conheça muito mais sobre a oferta turística do Marco de Canaveses no portal de Turismo do município.